Inspirado nas formas greco-romanas se opôs às formas do barroco, que não fazia muito sucesso na França e na Inglaterra, retomando os princípios estéticos da antiguidade clássica.
Mais do que uma retomada da estética antiga, o Neoclassicismo relaciona fatos do passado aos acontecimentos da época. Os artistas neoclássicos tentaram substituir a sensualidade e trivialidade do Rococó por um estilo lógico, de tom solene e rigoroso. Quando os movimentos revolucionários estabeleceram repúblicas na França e América do Norte, os novos governos adotaram o neoclassicismo como estilo oficial por relacionarem a democracia com a antiga Grécia e República Roma
Nasceram os primeiros edifícios em forma de templos gregos, as estátuas alegóricas e as pinturas de temas históricos. As encomendas já não vinham do clero e da nobreza, mas da alta burguesia, mecenas incondicionais da nova estética. As cidades mudaram completamente, derrubaram-se edifícios e grandes avenidas foram traçadas de acordo com as formas monumentais da arquitetura renovada, que ainda existem nas capitais mais importantes da Europa.
A Igreja de Madeleine, de Vignon, é um exemplo do retorno da arquitetura clássica que se verificou durante a época napoleônica. São edifícios enormes de estética totalmente racionalista: pórticos de colunas colossais com frontispícios triangulares, pilastras despojadas de capitéis e uma decoração apenas insinuada em guirlandas ou rosetas e frisos de meandros.
National Gallery, Londres.
Criado para dar sustentação à revolução francesa e depois ao império, o neoclassicismo, no entanto, se apóia principalmente nos países da aliança contra Napoleão, como a Alemanha e a Inglaterra. Durante este período, as cidades foram invadidas por edificações colossais, como o Arco do Triunfo em Paris, construído em homenagem às vitórias de Napoleão. Nele evitou-se ao máximo utilizar os ornamentos romanos, como as colunas clássicas.
Arco do Triunfo, Paris.
No Centro de São Paulo nota-se forte tendência neoclássica tendo como principais características as extensas colunas de concreto, os frontões, as amplas janelas e portas e arcos romanos. Todas fáceis de serem encontradas nas construções de Ramos de Azevedo, como a Pinatoteca da cidade, o Museu da Caixa e o Teatro Municipal. Porem neste centro histórico também é visível o choque entre os estilos arquitetônicos, como gótico de nossas igrejas.
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